Um roteiro de cinco dias em Toronto é o ideal para desbravar a cidade. Claro que cada pessoa é diferente, então é difícil um roteiro que contemple a todos. Então a ideia aqui é uma mescla de pontos turísticos e algumas dicas locais. Caso você queira passear sabendo sobre a história, a cultura local, além de saber sobre a rotina na cidade, recomendo participar de uma das nossas tours guiadas em português. Dessa forma você já mata vááááárias das atrações listadas abaixo. Quem curte fazer tudo sozinho (que também é legal!), seguem as dicas.

ROTEIRO 5 DIAS EM TORONTO

Dia 1

MANHÃ

Harbourfront Centre

Comece o dia no Harbourfront Centre. É uma espécie de centro cultural a céu aberto, com opções de gastronomia, lazer e playground em frente ao Lago Ontário, com uma vista linda; para o lado oposto a vista é a skyline dos prédios de Toronto, onde você tirar fotos como essa abaixo. Não deixe de passar na barraquinha de Beaver Tail, que como o nome em inglês sugere diz, lembra uma cauda de castor, uma massinha gostosa com cobertura (banana com canela, nutella, etc).É bem típico do Canadá!

CN Tower

Dali é um pulinho a pé até a CN Tower. Para subir na torre custa C$ 38,00 e vale cada centavo, com vista da cidade inteira e um famoso piso transparente (que muita gente tem medo de andar sobre). Para os mais ousados, você pode ficar pendurado na beira da Torre pelo lado de fora, suspenso por equipamentos de bungee jump (C$225,00).

Na CN Tower ainda tem um restaurante que gira 360 graus ao longo da refeição. Pode ser uma opção de almoço, com opção fechada de C$ 58,00 ou pratos à la carte, mas o valor inclui a visitação da torre também, além de pular a fila. Ah, quanto mais cedo, menos gente, por isso a minha sugestão aqui no roteiro é de visitar antes do meio dia.

Pelas redondezas: Ripley’s Aquarium, o maior aquário do Canadá fica literalmente ao lado, assim como o Roger Centre, estádio do time de beisebol dos Blue Jays, que oferece visitas guiadas. Do outro lado da rua fica o Toronto Railway Museum, relacionado à história das ferrovias e trens em miniatura. É bem legal pra crianças.

 ALMOÇO/LANCHE:

ST. Lawrence Market

Caso não almoce na CN Tower (que é bacana, mas pode ser meio salgado para o bolso), a próxima parada deve ser o St. Lawrence, o mercadão de Toronto, que já foi eleito o mais bonito do mundo, pela National Geographic. As opções não faltarão, de frutos do mar à comidas típicas de vários países. Mas a ideia mesmo é comer o sanduíche de peameal bacon da padaria Carousel (talvez o lanche mais popular do Canadá). Sério, não deixe de experimentar. Caso seja fã de queijo, tem mais de 600 variedades dentro do mercado. Atenção: não abre domingo e segunda.

Dica: ali pertinho fica o “Flatiron”, o prédio em forma de ferro de passar bem similar ao de Nova York (o de Toronto é mais antigo!) e o Berczy Park, que ficou famoso pela fonte decorada com cachorrinhos. São dois locais bacanas para tirar fotos.

Distillery District

Como o nome sugere, trata-se de uma pequena vila, toda de tijolinho a vista, onde ficam as antigas destilarias da cidade. Vá até lá passeando pela The Esplanade, uma rua em forma de parque, toda arborizada. no Distillery District você pode sentar e tomar um excelente café nas várias opções. Ou uma cerveja da Mill Street Brewery, produzida aqui em Toronto mesmo. No local existem opções gastronômicas, uma loja de chocolate fabulosa, muita arte, e lojas de boutique artesanal. Por lá o pessoal costuma tirar bastante fotos destes dois monumentos. S2

Osgoode Hall

Ao voltar para o centro, passe pelo Osgoode Hall, um casarão de dois andares do século 19 em plena downtown. O jardim é muito famoso e muita gente faz fotos de casamento por lá. A casa hoje é sede da Suprema Corte e visitas por dentro podem ser agendadas em determinadas épocas.

Old City Hall

Logo mais adiante estará o prédio da antiga prefeitura, outro marco histórico, e cartão postal da cidade pela arquitetura.

Nathan Phillips Square/ Toronto Sign

Ao lado estará o famoso monumento com o nome de Toronto, construído para o Pan de 2015 e que nunca mais saiu. A única coisa difícil será conseguir tirar uma foto sozinho, sem algum outro turista junto 🙂 O famoso ringue de patinação também fica na praça, mas nesta época do ano ele não funciona (porque, né, acabou a neve).

NOITE

Toronto Eaton Centre

Antes de anoitecer vale conhecer o maior shopping centre do Canadá. Praticamente todas as lojas do universo ficam por lá, de Apple à Pandora, de Abercrombie & Finch à Victoria’s Secret. Caso queira bancar o descolado na moda local, passe na loja Roots e leve um dos moletons. E se não quer comprar nada, vale entrar no shopping pela beleza do teto em forma de vidro, com a famoso escultura de pássaros voando.

Dundas Yonge Square

Talvez você tenha ouvido falar mais de mil vezes que é uma mini Times Square. Claro, nem se compara em tamanho e quantidade de outdoors luminosos, só uma vaga semelhança. A diferença é que a Dundas é realmente uma praça! Outdoors gigantes, lojas, e muitos turistas. Vale a pena visitar à noite pelas luzes de neon.

JANTA

Caso queira curtir a região mais badalada da cidade, a poucas quadras dali fica o Richmond Station, o tradicional japonesa Momofuku, o requintado Carbon Bar, ou o moderninho Drake One Fifty. Nesta região não vai ser difícil encontrar uma balada ou evento.

Confira uma lista de restaurantes em Toronto

Dia 2

ROM (pela Queens Park)

Comece o dia conhecendo o Royal Ontario Museum, que exibe galerias de história natural e esqueletos de dinossauros. Fica ao lado da Estação Museum do metrô, mas descendo na Estação Queen’s Park pode fazer uma caminhada pelo parque de mesmo nome, de cerca de 15 minutos. Mesmo que você não entre no museu, só a frente do ROM já é um espetáculo e tanto pela arquitetura.

University of Toronto

Uma das mais famosas do mundo pela sua beleza natural, por dentro e por fora. O campus é enorme, então é fácil se perder no labirinto. Mas não importa, é tudo tão imponente, tão verdinho, que vale cada minuto.

Dica: o restaurante na Strachan Hall da Trinity College (6 Hoskin Avenue) é famoso por lembrar o filme Harry Potter. Qualquer um pode entrar.

ALMOÇO

Annex (bairro)

Ali você vai encontrar um espírito mais “local”, sem tanto turista. Suba até a Bloor Street em direção à Bathurst.  Minha sugestão de almoço é o Insomnia, que na minha opinião serve o melhor brunch da cidade (aquele almoço estilo americano, com ovos, bacon, etc). Nesta região fica a Korean Town, então existem muitos restaurantes coreanos. Nesse caso, a pedida é o Little Piggy’s e sua farta opção do famoso churrasco coreano com carne e vegetais feitos à mesa.

Dicas: por ali também fica o café Snakes & Lattes que além de servir café (é claro), disponibiliza uma centena de jogos de tabuleiro. É só pegar e jogar. O Sweet Jesus (416 Bloor St.) é uma sorveteria que é febre na cidade pelas fotos no Instagram. Eles tem uma filial dentro Toronto Eaton centre também.

Casa Loma

É a segunda atração mais visitada de Toronto, atrás só da CN Tower. O castelo foi residência de uma próspero homem de negócios, que foi colocada a leilão e comprada pela prefeitura. Com 98 cômodos, as mobílias e objetos de decoração são originais, parece o século passado. Uma passagem secreta para o estábulo (que ainda funciona!) também é uma coisa de louco. A visita custa CAD 26,55 por pessoa.

Yorkville

Aqui o lance é luxo e sofisticação, o bairro de Toronto com o metro quadrado mais caro do mundo (dizem). Por ali você encontra todas as grifes famosas do universo. Só na área entre Bloor St e Yonge St, tem Chanel, Dolce&Gabbana, Michael Kors, MAC, Calvin Klein e Burberry. Mas não é só isso: é uma região bem bacana pela arquitetura também. Caso tenha o paladar requintado, pode ser uma ótima opção para o jantar com restaurantes conhecidos como o Buca e o francês Sassafrás. Só prepara o bolso.

NOITE

Durante à noite você pode ir a um evento. Veja a programação da casa de shows do Massey Hall, a primeira de Toronto, simplesmente esplêndida por dentro. Ou confira se não tem um jogo dos Blue Jays no Roger Centre – mesmo sem entender beisebol, vale pelo entretenimento. (Visto que nesta época do ano, é QUASE IMPOSSÍVEL ingressos da NBA e de hóquei). A programação de teatro também é enorme, já que Toronto é o segundo maior polo da América do Norte, só atrás da Broadway.

Dia 3

MANHÃ

Que tal levantar cedo e passar a manhã nas Ilhas? A Toronto Islands é um lugar maravilhoso pra descansar, caminhar no parque, fazer piquenique, ou levar a criançada. Precisa pegar a ferry, que custa CAD 7,50. O local de embarque fica ao lado do Harbourfront Centre, onde você deve ter ido se seguiu as minhas dicas 🙂 Ou então coloque Toronto Ferry Docks no Google Maps.

Dica: você pode fazer o exato contrário da minha sugestão e ir pra lá no começo da tarde para pegar o pôr-do-sol, que tem uma das melhores vistas do mundo.

TARDE

Art Gallery of Ontario

AGO é uma visita obrigatória se você gosta de museus de arte. São 50 mil metros quadrados e obras de artistas como Rodin, Monet, Van Gogh e Picasso na exposição permanente. As itinerantes são sempre incríveis. Até 27/05, eles recebem a premiada Inifinity Mirros (foto). Custa C$ 19,50, mas nas quartas-feiras depois das 6PM é grátis. O lugar já valeria a pena pela arquitetura. Caso inclua no roteiro da manhã, ela abre apenas às 10:30 AM. Não abre às segundas-feiras.

Chinatown

Na região da Spadina Avenue, entre as ruas College e Queen. Placas e neons com muito vermelho e dourado, milhares de lojinhas, vários mini shopping centers. É um lugar que não tem muita explicação. Acontece tudo ao mesmo tempo. Experimente o famoso Bubble Tea, um refresco à base de chá e umas bolhinhas de sabor. Eu não gosto , mas experimentar não é pecado.

Kensington Market

Na verdade é um bairro, que é todo um “mercado”. Ali você vai encontrar todas as tribos a cada esquina, mas o ar “hippie” predomina. É um epicentro de lojas de brechó – entrando e vasculhando, acha-se coisas incríveis muito baratas. Também é um epicentro culinário, com mercados bem exóticos e comidas de todo o mundo. Caso faça essa parte do roteiro manhã/almoço, a dica é o Burgernator, um dos melhores hambúrgueres de Toronto. Simples, gostoso e anti-gourmet.

Dica: que tal um happy hour no bar mais secreto da cidade? (agora imagino que nem tão secreto). É o Cold Tea, cuja entrada é numa “galeria” chamada Kensington Mall. Você vai passar por umas lojas, atravessar um corredor vazio, e ver à esquerda uma porta sem nada escrito com uma luz vermelha sobre ela. Pode acreditar. Não é uma pegadinha. É um ótimo bar, com ótima cerveja, drinks e ótimo pátio.

NOITE

Termine a viagem com muita cerveja ou drinks a varrer. Minha sugestão pros mais “descolados” é o Bellwoods Brewery, onde fazem a própria cerveja, além de um carta gigante. Para o pessoal do flerte, o LOCAL Eatery em Liberty Village tem um ambiente assim e a arquitetura toda em mesa e balcão de madeira é muito legal. Janta + balada é no Parts & Labour, que tem um hambúrguer incrível, excelente cardápio de drinks e balada, que acontecem no basement, geralmente após as 10PM. Para ficar mais sossegado, na Queen Street W, o Rex Hotel Jazz Bar é um ambiente intimista, bem rústico e sempre (sempre!) com uma banda de jazz local ao vivo.

Dia 4

MANHÃ/TARDE

Niagara Falls

Se você veio até aqui, não custa fazer a viagem de 1h20 até Niagara Falls, uma das cataratas mais famosas do mundo (a catarata do Pica-Pau!). Por lá são várias atrações, dependendo do bolso e disposição. Você pode andar de bote que passa praticamente ao lado do torrencial de água (eles fornecem capa de chuva) e custa CAD 25,95; fazer uma tour que passa literalmente por baixo e trás das cataratas; entre outras coisas.

É um passeio de um dia inteiro. Também pode incluir o conservatório de borboletas e se divertir na área de Clifton Hill, que parece um grande parque de diversõs em forma de rua, com roda-gigantes, museus de cera, intermináveis fliperamas, mini-golf. Tem quase de tudo lá, é uma parte bem “americanizada” do Canadá. Outro ponto de interesse é o Falls View Casino que funciona 24 horas. Acho a galera lá meio em forma de zumbi, mas dar uma passada de meia horinha não custa nada.

NOITE

Termine o dia comendo uma coisa rápida. Não vá embora do Canadá sem experimentar a poutine! A comida mais tradicional do país. Batata frita, com cubinhos de queijo (que parece requeijão, mas nem tanto) e molho gravy (à base de carne). Existe uma franquia local bem conhecida chamada Smoke’s Poutinerie por toda cidade. Para algo mais local de verdade, recomendo a House of Poutini’s, na Queen St. W.

Dia 5

MANHÃ

Financial District

Comece o dia com um bom café no Maman, no mezanino do First Canadian Place (100 King Street), vulgo a maior prédio do Canadá, com 72 andares. É ali na frente que também fica a Bolsa de Valores (famosa pelo cara que foi provar que os vidros das janela eram inquebráveis, mas infelizmente o resto você pode imaginar).

Brookfields Place

Dali é um pulinho até a imponência da Allen Lambert Galleria, uma das obras de arquiteturas mais modernas da cidade. Atravessando toda a galeria, sob aquele enorme teto de vidro, você estará em frente ao Hockey Hall of Fame. Se você curte esportes, é uma obrigação entrar. Caso contrário, a loja Hockey of Spirit, em frente, já serve para levar um souvenir legal da paixão nacional do canadense.

ALMOÇO/TARDE

Vá para a região de Trinity Bellwoods e almoce por lá. O Frankie’s Diner (994 Queen Street W) é uma instituição pelo aspecto caseiro. Burgers, sanduíches (tente de o peameal bacon se ainda chegou até sem experimentar) e brunch o dia todo. No The County General (936 Queen Street W) tem ótimas opcões de salada se quiser pegar leve.

Dicas de sobremesa: Nadege, uma confeitaria francesa que faz muito sucesso pelos seus macarons, mas tudo lá é incrível e parece de mentira; e a Bang Bang Ice Cream (93a Ossington Av.) com os sabores e formatos de sorvetes mais loucões.

Trinity Bellwoods Park

O parque central da cidade, que fica lotado aos finais de semana. É uma excelente opção para fazer um piquenique se você pulou o almoço. Dá para passar a tarde caminhando, ou simplesmente observando ao redor.

NOITE/JANTA

Dá pra encerrar o final do dia caminhando pela Little Italy e aproveitar um dos inúmeros ótimos restaurantes da região. Alguns deles: La Forchetta, Trattoria Travertini e para bolsos mais folgados, o tradicional Giancarlo. Se quiser fugir de comida italiana em Little Italy, o La Carnita, de comida mexicana, é uma sensação na cidade – eu mesmo nunca foi, mas todo mundo fala que é bom, já diria o Silvio Santos.

Planos B: o quinto dia tende a ser o mais livre de todos. Outras opções bacanas na cidade é o fabuloso High Park, embora mais afastado do centro. E se você curte outlets, todos são bem afastados: Vaughan Mills, Premium Outlets e o Dixie Outlett Mall (que é o mais próximo).

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